Geral
Torturador morre após retomada da comissão sobre desaparecidos
David Araújo atuou com Ustra no Doi-Codi.
Sex, 20 Setembro de 2024 | Fonte: Agência Brasil
Duas semanas após ser reinstalada a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) em cerimônia promovida pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, o delegado da Polícia Civil de São Paulo, David dos Santos Araújo, o Capitão Lisboa, morreu aos 86 anos, sem ser responsabilizado pelos crimes cometidos durante a ditadura militar. A morte do Capitão Lisboa no dia 11 de setembro foi registrada no 29º Cartório de Santo Amaro, em São Paulo.
Considerado um dos mais violentos torturadores do regime, Araújo era subordinado a Carlos Alberto Brilhante Ustra, então major das Forças Armadas, morto aos 85 anos e primeiro militar condenado pela Justiça pela prática de tortura em 2008.
Araújo atuou com Ustra no Doi-Codi, (Destacamento de Operações de Informação — Centro de Operação de Defesa Interna), local de práticas clandestinas de torturas, em São Paulo. Delegado aposentado da Polícia Civil, foi processado pelo Ministério Público Federal (MDF) pelos atos de violência que cometeu nas dependências do órgão.
O relatório da Comissão Nacional da Verdade registra que o Capitão Lisboa atuou de abril a outubro de 1971 no órgão, sendo responsabilizado por crimes de tortura, execução e desaparecimento forçado. Em depoimento na Comissão Nacional da Verdade, em 2013, o policial negou as acusações.
Nas acusações ao delegado aposentado constam as mortes de Aylton Adalberto Mortati e Joaquim Alencar de Seixas. Também foi responsável pela tortura do filho de Seixas, Ivan, à época apenas com 16 anos, e mais três membros da família do militante.
Em 1981 chegou a receber a Medalha do Pacificador do Exército. Em 2012, como empresário da área de segurança privada, a sede de sua empresa em São Paulo foi cenário de protestos por parte do Levante Popular da Juventude.
No final de agosto (30), a Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos teve seus trabalhos retomados. Instituída em 1995, analisou cerca de 300 casos de abusos e violências do período militar, reconhecendo mortes e promovendo o pagamento de indenizações às famílias das vítimas. A comissão foi interrompida em 2022, tendo sido reinstalada agora a partir dos esforços do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania e o Governo Federal.
Veja Também
A Comissão de Anistia reconheceu nesta quarta-feira (22) um caso de “perseguição reflexa” durante a ditadura civil-militar (1964/1985), pedindo desculpas, em...
O Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação contra 46 agentes da ditadura militar e pediu a responsabilização deles por envolvimento nos crimes de...
Últimas Notícias
- 19 de Abril de 2025 TODAS AS SAUDADES
- 19 de Abril de 2025 BRASIL TEM 14 MILHÕES DE INFLUENCIADORES SEGUNDO PESQUISA
- 19 de Abril de 2025 Projeto de Edinaldo prevê espaços seguro para a prática de soltar pipas na cidade
- 19 de Abril de 2025 Governo quer conectar todas Unidades de Saúde Indígena até 2026
- 19 de Abril de 2025 Páscoa no CRAS de Ladário fortalece vínculos com a comunidade
- 19 de Abril de 2025 Primeira do Brasil com cotas indígenas em todos os cursos, UEMS promove cidadania e transforma vidas
- 19 de Abril de 2025 Prefeitura realiza teste de ampliação no horário dos ônibus atendendo solicitação da população
- 19 de Abril de 2025 Pantanal recebe primeira edição de evento cujo objetivo é resgatar o uso tradicional do fogo como aliado da conservação
- 19 de Abril de 2025 Operário encara o Cianorte fora de casa na estreia da Série D do Brasileiro
- 19 de Abril de 2025 Cazarin pede cópias de todas as notificações emitidas pelo CAC em Corumbá
- 18 de Abril de 2025 Semadesc regulamenta rotinas do Imasul para execução do PSA Bioma Pantanal
- 18 de Abril de 2025 Mais de 335 mil pessoas vivem em situação de rua no Brasil
- 18 de Abril de 2025 Sejusp alinha atuação integrada para enfretamento aos incêndios no Pantanal
- 18 de Abril de 2025 MST demarca Jornada de Lutas da Reforma Agrária com mais de 50 mobilizações pelo país
- 18 de Abril de 2025 Idealizadores do 'Movimento Universidade Federal do PANTANAL', se reúnem com a Administração Pública de Ladário