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Ahmad Schabib Hany

A RESISTÊNCIA E A MULHER PALESTINA

Sex, 08 Março de 2024 | Fonte: Ahmad Schabib Hany


As Mulheres Palestinas sempre foram vanguarda na História, sobretudo entre os países árabes. Na Antiguidade, na Idade Média, na Idade Moderna e, sobretudo, na Idade Contemporânea.

Desde 1975, quando a Conferência Mundial da Mulher, realizada no México, estabeleceu o 8 de março Dia Internacional da Mulher (mais recentemente rebatizada como das Mulheres em respeito à diversidade de condições, etnias, classes, profissões e culturas) como marco de reconhecimento da luta por conquista de direitos negados e condenados pela sociedade patrimonialista e colonialista, esta data é de luto e luta.

Quantas mulheres tiveram as suas vidas ceifadas pela violência de uma sociedade, de uma classe expropriadora, da ideologia supremacista pró-colonial, de exploração, opressão e saque (pilhagem) que insiste em continuar a alienar até culturas, costumes, religiões, modos de vida e a própria existência de povos inteiros em todos os continentes do Planeta?

A Sociedade Árabe-Palestino-Brasileira em Corumbá, por meio de sua diretoria constituída e, sobretudo, da Comunidade Palestina local, saúda este Dia 8 de Março e se irmana com as Mulheres do Planeta na celebração da memória das Mártires Tecelãs de 1857, em Nova York, queimadas vivas por fazer protesto para conquistar o direito de seus filhos terem creche e poderem se alimentar enquanto elas trabalhavam.

A humanidade vem testemunhando com perplexidade e indignação os inescrupulosos e odientos massacres cometidos pelo Estado sionista contra a população civil palestina em toda a Faixa de Gaza (e em menor escala, mas igualmente genocida, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental), vitimando em sua imensa maioria mulheres e crianças.

Até o momento, em 150 dias de bombardeio incessante pelo poderoso exército sionista, segundo a Resistência Palestina, são 2.675 massacres cometidos, mais de 8.900 mulheres martirizadas, 13.430 crianças que tiveram suas vidas ceifadas injustificavelmente, 60.000 grávidas sob risco de vida iminente, 37.534 mortos e desaparecidos, 30.534 assassinatos confirmados em hospitais, 7.000 desaparecidos (70% crianças e mulheres), 71.920 feridos, 11.000 feridos com gravidade (precisam traslado ao exterior para tratamento adequado), 17.000 órfãos de pai e mãe ou de um deles, 10.000 pacientes oncológicos que correm risco de vida iminente, 70.000 pacientes com enfermidades infecciosas, 8.000 casos de hepatite viral, 350.000 pacientes com enfermidades crônicas sem tratamento adequado, 364 médicos mortos, 132 jornalistas mortos, 269 trabalhadores em saúde sequestrados, 10 jornalistas sequestrados, 2.000.000 de pessoas deslocadas sob ameaça militar, 32 hospitais desativados, 35 centros de saúde desativados, 155 instituições de saúde parcialmente atacadas, 126 ambulâncias destruídas, 100 escolas e universidades totalmente destruídas, 305 escolas e universidades parcialmente destruídas, 217 mesquitas totalmente destruídas, 284 mesquitas parcialmente destruídas, três igrejas cristãs atacadas e destruídas, 70.000 moradias totalmente destruídas, 290.0 00 moradias parcialmente destruídas, 70.000 toneladas de explosivos detonados pelo exército sionista, 200 sítios arqueológicos (e imóveis tombados como patrimônio cultural da humanidade) destruídos.

Mais que números, são pessoas, vidas interrompidas sem qualquer razão plausível e racional. Pela desproporção com que os ataques são feitos, não se pode chamar de guerra, mas genocídio, extermínio. O governo sionista, de extrema direita e manifestamente decidido a exterminar os palestinos na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém, está cometendo crimes de guerra, previstos nas convenções e tratados internacionais, sem qualquer punição pela ONU, devido aos vetos dos Estados Unidos, Reino Unido e França no Conselho de Segurança das Nações Unidas. A Assembleia Geral da ONU, nos anos 1970 e 1980 já tinha aprovado diversas resoluções determinando o Estado sionista de se ater às convenções internacionais, mas descumpriu sem enfrentar sanção alguma, pelo contrário, tem recebido apoio das maiores potências mundiais e dos grandes grupos de comunicação.

Desde a Antiguidade, a Mulher Palestina é vanguarda não só no Mundo Árabe, mas em toda a História, em suas diferentes Idades (Antiga, Média, Moderna e Contemporânea). Assim como no Brasil e em toda a América Latina, a Resistência Palestina tem na destemida ação de Mulheres como Laila Khaled ou Hanan Ashrawi (entre as décadas de 1960 e 1990), ou em Mártires como Lina Al Nabulsi ou Amina Hamida (décadas de 1970 e 1980) a história e o protagonismo na emancipação, transformação e vitória de uma causa humanista como a Palestina, afinal, é por um novo Renascimento, pela concepção do racionalismo contemporâneo, que vai muito além do paradigma frio e ‘objetivo demais’ para ser, de fato, humanista e transformador.

Viva o Dia Internacional das Mulheres!

Viva a Mulher Palestina, a Mulher Brasileira e a Mulher Latino-americana!

Glória às Mártires Palestinas, às Mártires Brasileiras e às Mártires Latino-americanas!

Pelo fim imediato do genocídio sionista em Gaza e toda a Palestina!

Corumbá (MS), 8 de março de 2024.

Munther Suleiman Safa

Presidente da Sociedade Árabe-Palestino-Brasileira em Corumbá


 

MENSAGEM PARA A RÁDIO CAIRO INTERNACIONAL

 

MENSAGEM SOBRE O DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES – DIA 8 DE MARÇO

 

DIA DE LUTO E DE LUTA DESDE 1975, O DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES É O RECONHECIMENTO DA LEGITIMIDADE DE AS MULHERES LUTAREM POR SEUS DIREITOS, E ASSIM HOMENAGEAR AS MÁRTIRES DE NOVA YORK, QUE TOMBARAM EM LUTA POR DIREITOS EM 8 DE MARÇO DE 1857.

NESTE DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES, AS ORGANIZAÇÕES DE MULHERES EM TODO O MUNDO -- E TAMBÉM TODA A HUMANIDADE -- OLHAM PARA A TRAGÉDIA DA MULHER PALESTINA, VÍTIMA DO GENOCÍDIO E DA GANÂNCIA SEM LIMITES DO SIONISMO E DE SEUS ALIADOS OCIDENTAIS.

A MULHER PALESTINA SOBREVIVERÁ A MAIS ESTA TRAGÉDIA, CORAJOSA QUE É DESDE ANTES DA EXISTÊNCIA DE TODAS AS ATUAIS POTÊNCIAS MUNDIAIS DO OCIDENTE! COM MARIA DE NAZARÉ (EM 33 DEPOIS DE CRISTO), COM LINA AL NABULSI (EM 1976) E HOJE COM MILHÕES DE MULHERES QUE FAZEM HISTÓRIA AO RESISTIR A UM DOS MAIS PODEROSOS EXÉRCITOS DO PLANETA.

GLÓRIA ÀS MÁRTIRES PALESTINAS!!! VIVA A MULHER PALESTINA, QUE EM SEU VÉU LEVA A CONSCIÊNCIA E RESISTÊNCIA DE UM POVO HERÓICO E DETERMINADO!!!

 

AHMAD SCHABIB HANY (COMITÊ 29 DE NOVEMBRO DE SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO JADALLAH SAFA -- CORUMBÁ, MS, BRASIL)

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