Reginaldo Coutinho
UMA PÁ DE CAL...
Dom, 26 Maio de 2024 | Fonte: Reginaldo Coutinho
Para sepultar o futebol de Mato Grosso do Sul, a operação Cartão Vermelho levou 20 meses para descobrir o que era visível que havia “Esquema” da aplicação do dinheiro destinado para a Federação de Futebol, sob a presidência de Francisco Cesário de Oliveira, toda situação era gritante, só o fato de a administração ser familiar já caracterizava nepotismo, mas nem o GAECO nem ninguém apurou os fatos que acontecia ao longo de uma Administração que sempre foi questionável, e se a CBF e o GAECO tiver coragem e vergonha na cara, realiza um pente fino nas demais Federações e encontrará o mesmo cenário, tal qual o que aconteceu aqui em Mato Grosso do Sul.
Agora fala-se em um certo desdobramento em razão de que há uma provável conivência dos Clubes, identificada pelos investigadores, isso em razão de que os Clubes depositavam dinheiro na conta física de um dos envolvidos no esquema, o que realmente vai ser preciso ampliar a investigação, pois certamente seria identificado novos envolvidos nos segmentos que prestavam serviços para a FFMS. Só o fato da fragilidade das competições pela entidade realizada, já dava a entender que economicamente nunca foi viável, sinceramente, não consigo estabelecer uma linha de raciocínio para entender que com todos os problemas que tornaram-se uma bola de neve nesses 37 anos de mandato, o futebol deixou de ser o foco, tanto faz quem chegasse na final e ser campeão, qualquer clube que chegasse, é enviado um relatório para a CBF e os Patrocinadores nunca procuraram através de uma prestação de contas mais aprofundada, chegar a um denominador comum que as verbas recebidas nunca foram aplicadas integralmente nas competições realizadas pela Entidade.
Durante esses longos anos, houveram várias manifestações isoladas para dissolver o “Império” construído com membros do Clã de Cesário, a oposição fazia alguns movimentos, mas esbarrava em Clubes profissionais, Clubes do Amador de Campo Grande e as Ligas de Futebol, que sempre em Chapa única e de forma unânime, elegiam o Cesário para mais um mandato, creio que tem mais coisas por ai, pois com 37 anos de mandato, 6 milhões acaba sendo “Fichinha” dentro de uma dimensão que pode ser bem maior, só a empregabilidade de membros da família, já consumia um montante considerável, porém o bico calado dos que tem direito a voto, contribuiu para que culminasse com essa situação esdrúxula e sem uma solução prática de retomada do futebol, creio que corre o risco de se tornar mais difícil para a recuperação do prestigio, a contratualização de novos convênios que possam subsidiar as despesas e oxigenar o fomento do futebol, será bem complicado daqui para frente, coisa que todos sabiam mais ninguém tomou qualquer atitude coerente, nesse caso não precisava de GAECO, o Conselho Deliberativo tem por função cumprir, dentro de um entendimento, fazer acontecer uma devassa nas contas da Entidade, mas nunca tiveram a coragem porque recebia algum tipo de beneficio para deixar a situação bem a vontade, assim como deixar a Raposa tomar conta do Galinheiro, deu nisso!!!, Continuarei a ser Amigo do Cesário, Cido, Beto e os demais envolvidos, mas não posso compactuar com que foi apresentado para a população sul-mato-grossense, se já estava cambaleante, agora alguém vai ter que jogar uma pá de cal para fechar esse vexame.
Convoco o GAECO para que seja mais aprofundado em outras Federações e Clubes, pois absolutamente, neste mato tem mais coelho. Agora é aguardar a decisão final, pois a morosidade da Justiça vai levar mais 20 meses para esclarecer toda a situação ocorrida. Lembro bem que muitos conselheiros não gostavam do Cesário, teve ex-Senador que Fez esse barulho e não deu em nada, isso se não terminar em Pizza, pois se quisessem realizar operação sem foco, ótima! Mas querem fazer esse movimento que realmente foi lamentável em todos os segmentos do nosso futebol.
Porque o GAECO não intensifica essa investigação em todo que fazer parte?
A CBF ... Já se posicionou que não vai interferir na situação muito mais pelo revés que pode sobrar para a própria CBF, que teve alguns problemas com a Justiça que anda a passo de tartaruga e isso vai acabar não tendo o objetivo de esclarecer para a população de Estado e deixar claro, quais circunstancias que será o futebol do Estado. Resta ao torcedor correr para os canais que oferecem futebol, Ainda sob suspeitas de que o futebol está impregnado de atitudes pequenas que se avolumam, assim como o Paquetá está enrolado até o pescoço por questão de participação em casa de apostas.
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