Meio Ambiente
Prevfogo, centro que combate incêndios florestais pelo país, completa 36 anos
Os últimos dois anos registraram, pela primeira vez, números acima de 2 mil brigadistas contratados.
Sex, 11 Abril de 2025 | Fonte: Assessoria Ibama

Há 36 anos, surgia o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo). A unidade foi criada em 10 de abril de 1989 dentro da estrutura do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O Centro tinha como finalidade desenvolver programas para ordenar, monitorar, prevenir e combater incêndios florestais, além de difundir técnicas de manejo controlado do fogo.
Devido à complexidade dos problemas causados pelos incêndios florestais no Brasil, o Prevfogo foi elevado ao status de Centro Especializado por meio de portaria publicada em 2001. A partir daquele ano, a unidade do Ibama buscou estabelecer o controle sobre esses incêndios por meio de estratégias como a contratação de Brigadas de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais.
Inicialmente, a contratação se restringia às Unidades de Conservação Federais (UCs), por serem consideradas áreas de importância biológica. As brigadas tinham objetivos importantes para a conservação da biodiversidade, com rotinas de prevenção, envolvimento da população do entorno, e resposta às ocorrências. O número de brigadas contratadas foi incrementado ao longo dos anos, até culminar em 82 UCs atendidas em 2008.
Com a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em 2007, autarquia que passou a ser responsável pela gestão das Unidades de Conservação Federais, o Prevfogo mudou seu foco, passando a atuar de forma secundária em UCs, em cooperação ao ICMBio. Foi instituído, nesse contexto, o Programa de Brigadas nos municípios críticos atingidos, anualmente, por incêndios florestais.

Programa de Brigadas: linha do tempo
2001: Prevfogo se torna Centro Especializado do Ibama e começa o Programa de Brigadas
2001 a 2008: Programa de Brigadas em Unidades de Conservação Federais
2008 a 2012: Programa de Brigadas em Municípios Críticos
2013 até dias atuais: Programa de Brigadas Federais de Terras Indígenas, Projetos de Assentamento, Quilombolas e as Especializadas.
Prevfogo em números
Em 2013, o Prevfogo tinha 77 brigadas espalhadas pelo país. Uma década depois, em 2023, o Centro contabilizou 99 grupos de combate a incêndio. Ano passado, foram contratadas 106 brigadas, número recorde da série histórica, com 61 dessas sendo brigadas indígenas. O número de brigadistas também evoluiu nos últimos cinco anos: 1.480 contratados em 2020; 1.627 em 2021; 1.792 em 2022; 2.108 em 2023; e 2.227 brigadistas em 2024.
Uma novidade de 2025 é que a contratação de 150 brigadistas, do total a ser contratado, será de dois anos, além de outros 30 brigadistas florestais supervisores que terão contrato com essa mesma duração. Antes, o tempo era de seis meses para todos os brigadistas, com vigor durante o período crítico de incêndios.
Contratos mais longos trazem vantagens tanto para os profissionais, quanto para a estratégia de prevenção e resposta a incêndios florestais no estado. Esses brigadistas terão maior segurança financeira e melhores condições para aprimorar seu trabalho. Para o Ibama, essa mudança proporciona uma continuidade operacional, garantindo que brigadistas experientes permaneçam em atividade, fortalecendo o vínculo com as comunidades locais e otimizando as ações de prevenção e resposta rápida aos incêndios.
Novas aeronaves
Em janeiro, sete aeronaves passaram a integrar a frota do Ibama, para atuação também em incêndios florestais. Segundo o diretor de Proteção Ambiental do Instituto, Jair Schmitt, os novos helicópteros adquiridos, modelo AW119 Koala, possibilitam mais eficiência e agilidade nas operações, principalmente em localidades remotas, de difícil acesso.

A nova frota proporcionará aumento de 75% da capacidade de transporte de brigadistas, crescimento de 40% de horas de voo por ano e intensificação do combate ao fogo, em virtude do aumento de 133% da capacidade de lançamento de água, em comparação à frota anterior. O suporte logístico nas ações do Centro conta, ainda, com a adição de sete caminhões-tanque, com capacidade de 15 mil litros, cada, e dois tanques rebocáveis com volume de 3 mil litros, além de reservatórios e avanço de combustível de até 5 mil litros para abastecimento das aeronaves em áreas isoladas, o que amplia a cobertura operacional na Amazônia.
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