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Incêndio consome vegetação no Porto Morrinho e caminhão tanque fica preso em cima da ponte

Com temperatura acima dos 35 °C, rajadas de vento que chegaram a 50 km/h, ausência de chuva, combinada com a umidade relativa do ar continuando a apenas 20%, criou um ambiente propício para a propagação rápida de incêndios.

Sáb, 03 Agosto de 2024 | Fonte: Da Redação, com assessoria


Incêndio consome vegetação no Porto Morrinho e caminhão tanque fica preso em cima da ponte
Fotos e vídeos: Divulgação/CBMMS

A Operação Pantanal 2024, coordenada pelo Comando do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, completando 124 dias, operando incessantemente por terra, água e ar, aplicando as estratégias traçadas de combate e prevenção, para proteger o Pantanal dos incêndios florestais que já consumiram quase 1 milhão de hectares, segundo revelo o governador Eduardo Riedel, durante agenda com o presidente Lula na quarta-feira, 31 de julho.

Com a temperatura alta, acima dos 35 °C, e rajadas de vento que chegaram a 50 km/h, provenientes do norte em direção sul. A ausência de chuva, combinada com a umidade relativa do ar continuando a apenas 20%, criou um ambiente propício para a propagação rápida de incêndios, revela o comando do CBMMS.

Incêndio consome vegetação no Porto Morrinho e caminhão tanque fica preso em cima da ponte Na noite de sexta-feira, 02 de agosto, um grande incêndio atingiu a vegetação localizada ao redor da ponte do Porto Morrinho, cerca de 75 km de Corumbá. As imagens impressionantes, mostram uma carreta de combustível parada na ponte, sem condições de prosseguir o destino devido a carga altamente inflamável. Segundo os bombeiros, o fogo se alastrou na vegetação no sentido para Campo Grande.  

A operação e ações continuam direcionadas a oito focos de incêndio ativos, um nas proximidades da fazenda Tupaceretã e um nas proximidades do Porto do Ciríaco, na região da Nhecolândia, um na região do Abobral, próximo a Fazenda Caiman, um nas proximidades de Rio Verde - MS, um na divisa entre Bolívia e Mato Grosso do Sul, um próximo ao Porto da Manga, um nas proximidades de Albuquerque e um na Área de Adestramento do Rabicho. Todos foram detectados por meio do monitoramento por satélites e as equipes continuam mobilizadas para controlar o fogo e impedir a expansão dos incêndios. 

A região da Nhecolândia, ao sudoeste do Pantanal sul-mato-grossense, nas proximidades da Fazenda Tupaceretã e do Porto do Ciríaco, enfrenta um grande incêndio. No local trabalha uma equipe composta por oito militares de Mato Grosso do Sul, sete militares do estado do Paraná, seis militares do estado de Goiás e um militar da Força Nacional de Segurança. A operação de combate na região é considerada complexa devido às dificuldades de acessibilidade e às condições climáticas adversas, que exigem um esforço adicional da equipe para controlar os focos de fogo. A propagação do incêndio ameaça o Parque Estadual do Rio Negro e as áreas ribeirinhas.

Outra guarnição atua na região da área de preservação ambiental próximo à Fazenda Caiman, em Aquidauana - MS. O objetivo é evitar que o foco de incêndio originado na região da Nhecolândia se propague ainda mais e atinja a reserva. O avanço do fogo é acelerado pelas fortes rajadas de vento que afetam a área. IBAMA e Corpo de Bombeiros trabalham em conjunto para impedir a propagação do fogo.

Incêndio consome vegetação no Porto Morrinho e caminhão tanque fica preso em cima da ponte

O incêndio nas proximidades da divisa entre Bolívia e Mato Grosso do Sul se expandiu para a região da Serra do Amolar. A equipe presente no local conta com quatro bombeiros do Mato Grosso do Sul, três militares da Força Nacional de Segurança, dois militares do estado de Goiás e brigadistas do PREVFOGO. A região do Porto da Manga enfrenta um foco de incêndio que retornou no período vespertino de quarta-feira (31). A equipe responsável pela área está ativamente engajada no combate ao incêndio, com o objetivo de controlar a propagação das chamas. Na sexta, o foco de incêndio detectado na região de Albuquerque, pouco abaixo do Porto da Manga, continua ativo. Apesar dos esforços contínuos da equipe no combate ao local, a frente de fogo é extremamente extensa.

Na Área de Adestramento do Rabicho, o foco de incêndio reapareceu de forma preocupante, levando uma equipe a se mobilizar rapidamente para o local. O objetivo é combater o fogo de forma eficaz e evitar que ele se intensifique excessivamente. As demais equipes continuam dedicadas ao monitoramento das áreas com potenciais riscos, incluindo a região do Forte de Coimbra e Porto Murtinho.

Sete aeronaves sobrevoaram as regiões mais críticas e, no total, cada uma realizou 14 sobrevoos e lançou sobre os focos 175 mil litros de água. A Operação Pantanal mobiliza um efetivo de 106 bombeiros militares atuando no Pantanal e em outras áreas do Estado, além do apoio de 34 militares da Força Nacional de Segurança Pública e 20 militares da LIGABOM, sendo oito de Goiás e doze do Paraná. 

Incêndio consome vegetação no Porto Morrinho e caminhão tanque fica preso em cima da ponte

As Forças Armadas, incluindo a Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira, também contribuem para a operação. Complementando o esforço, a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e 233 agentes do IBAMA, ICMBio e brigadistas do PrevFogo estão envolvidos no combate aos incêndios. 

Atualmente, os militares operam com 8 bases avançadas em pontos estratégicos do Pantanal, que desempenham um papel crucial na conservação e proteção deste ecossistema único. As equipes nessas bases gerenciam viaturas e embarcações, mantêm materiais e equipamentos especializados e desempenham outras atividades vitais para garantir a eficácia e segurança de nossas operações.

A frota empenhada atualmente na Operação Pantanal 2024 está composta por: 23 aeronaves para pronto emprego, sendo 1 aeronave Air Tractor do CBMMS, 2 helicópteros “Harpia” da PMMS, 4 aeronaves Air Tractor do ICMBio, 2 helicópteros “Pantera” e 2 helicópteros “Cougar” do Exército Brasileiro, 1 aeronave KC390 Millenium da Força Aérea Brasileira, 1 helicóptero “Caravan” da Força Aérea Brasileira, 1 helicóptero “Black-Hawk” Força Aérea Brasileira e 2 helicópteros da Marinha do Brasil e 7 aeronaves Air Tractor alugadas; 2 veículos administrativos; 7 caminhões de combate a incêndio; 6 embarcações; 20 caminhonetes do CBMMS; e 24 caminhonetes da Força Nacional de Segurança Pública, todas equipadas com kit pick-up, mochilas costais, sopradores e equipamentos de proteção individual.

 

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