Geral
Educação indígena: Justiça acata pedido do MPF e determina construção de escola na Aldeia Campina (MS)
Município de Porto Murtinho tem 120 dias para concluir obra de escola na TI Kadiwéu e comprovar contratação de equipe técnica mínima.
Sáb, 02 Dezembro de 2023 | Fonte: Assessoria de Comunicação MPF/MS
O município de Porto Murtinho (MS) tem 120 dias para concluir a obra da escola na Aldeia Campina, comunidade localizada na Terra Indígena Kadiwéu. Também deve comprovar a contratação de equipe técnica mínima – um professor e uma merendeira – para que a instituição de ensino entre em atividade a partir do início do ano letivo de 2024. A decisão em tutela de urgência (liminar) é da 2ª Vara Federal de Campo Grande e atende ao pedido do Ministério Público Federal (MPF) em ação civil pública ajuizada em 2017.
Na decisão, o juiz responsável pelo caso destacou que a demanda do MPF foi ajuizada há mais de seis anos e, a cada ano que passa, tem sido negado o direito à educação a um novo grupo de crianças e adolescentes. Isso porque, embora tenham sido feitas diligências e tentativas para dar efetividade ao direito à educação da comunidade indígena, “até a presente data o poder público não atendeu à demanda local de prestação de serviço de ensino básico em instalações apropriadas para atender a comunidade indígena”. Por esse motivo, segundo o magistrado, encontram-se evidenciados o “fumus boni iuris” (fumaça do bom direito) e o “periculum in mora” (perigo na demora), requisitos necessários para a concessão de liminar.
Histórico do caso – Ao ajuizar a ação, o MPF relatou a situação precária da escola na comunidade indígena Aldeia Campina. De acordo com a peça, alunos de 3 a 14 anos, de diversas séries, estudam juntos em uma sala de 3m x 5m cedida pelo posto de saúde local. A sala não pode ser usada nos dias em que o médico presta atendimento.
Desde 2009, o MPF acompanha a situação e relata que, da abertura do inquérito até o ajuizamento da ação, em 2017, foram repassados para a Prefeitura Municipal de Porto Murtinho, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), cerca de R$ 3,9 milhões.
Na ação, o MPF destaca que a privação da educação diferenciada, que é direito dos povos indígenas, tem resultado em danos culturais à comunidade. Dessa forma, aponta que tanto o município quanto a União descumpre a legislação nacional e internacional de fornecer a educação escolar obrigatória e de qualidade aos indígenas ali residentes.
Veja Também
Foi concluído nesta terça-feira (28) o plenário do Júri da 1ª Vara Federal de Presidente Prudente (SP), em que João Carlos Gimenez Brites foi condenado a 16 ...
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou, na terça-feira, 28 de novembro, fiscalização de extração ilegal ...
Últimas Notícias
- 19 de Abril de 2025 Pantanal recebe primeira edição de evento cujo objetivo é resgatar o uso tradicional do fogo como aliado da conservação
- 19 de Abril de 2025 Operário encara o Cianorte fora de casa na estreia da Série D do Brasileiro
- 19 de Abril de 2025 Cazarin pede cópias de todas as notificações emitidas pelo CAC em Corumbá
- 18 de Abril de 2025 Semadesc regulamenta rotinas do Imasul para execução do PSA Bioma Pantanal
- 18 de Abril de 2025 Mais de 335 mil pessoas vivem em situação de rua no Brasil
- 18 de Abril de 2025 Sejusp alinha atuação integrada para enfretamento aos incêndios no Pantanal
- 18 de Abril de 2025 MST demarca Jornada de Lutas da Reforma Agrária com mais de 50 mobilizações pelo país
- 18 de Abril de 2025 Idealizadores do 'Movimento Universidade Federal do PANTANAL', se reúnem com a Administração Pública de Ladário
- 18 de Abril de 2025 Saiba mais sobre o simbolismo da Sexta-Feira Santa
- 18 de Abril de 2025 SONHOS
- 18 de Abril de 2025 A GRANDE BATALHA
- 18 de Abril de 2025 "LEIA PARA MIM"
- 18 de Abril de 2025 ENTRE O SOFÁ, O SAL E O DESCASO
- 18 de Abril de 2025 Na Câmara, Alexandre reivindica aumento do efetivo da PM em Corumbá
- 17 de Abril de 2025 Campeonatos Estaduais Sub-15 e Sub-20 começam dia 7 de junho