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Indústria aquece geração de emprego em Corumbá e minério supera celulose

A extração de minério de ferro abriu 416 vagas de trabalho de janeiro a junho, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O número é maior que o saldo de todos os outros quatro setores da economia.

Dom, 13 Agosto de 2023 | Fonte: Da Redação


Indústria aquece geração de emprego em Corumbá e minério supera celulose
Foto: Arquivo GOV MS/Chico Ribeiro

A atividade industrial aquece a geração de emprego e renda em Corumbá este ano. A extração de minério de ferro abriu 416 vagas de trabalho de janeiro a junho, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O número é maior que o saldo de todos os outros quatro setores da economia. Somados, agropecuária, construção, comércio e serviços geraram 370 oportunidades no primeiro semestre.    

A extração de minério está à frente, por exemplo, da fabricação de celulose, terceiro produto em volume de exportação por Mato Grosso do Sul. O segmento gerou 239 vagas de trabalho entre janeiro e junho.     

Na indústria estadual, a abertura de 416 novos postos de trabalho na atividade mineradora em Corumbá só ficou atrás da construção civil e dos setores frigorífico e sucroalcooleiro. Dados compilados pelo Radar Industrial da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) indicaram saldos melhores em obras de infraestrutura (+3.094); instalações e serviços especializados para construção (+1.371); abate de bovinos (+1.027); fabricação de álcool (+1.008); e construção de edifícios (+553).     

“O conjunto da atividade industrial formado pelas indústrias de Transformação, Construção, Serviços Industriais e Extrativo Mineral foram responsáveis pela abertura de mais de 9 mil postos formais de trabalho em Mato Grosso do Sul. Esse foi o melhor resultado já registrado para o período pelo Novo Caged na indústria estadual”, analisa o economista-chefe da Fiems, Ezequiel Resende. Ainda segundo ele, houve um crescimento de 20% na abertura de vagas pela indústria sul-mato-grossense, se comparado com o primeiro semestre do ano passado.     

O salto nas exportações de minério de ferro ajuda a explicar o “boom” na geração de empregos na área, em Corumbá. Mato Grosso do Sul exportou 2,321 milhões de toneladas de minério de ferro só no primeiro semestre deste ano - volume dois terços maior que o registrado no mesmo período de 2022, de 1,396 milhão de toneladas.    

Os dados são da Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e apontam, também, que o minério de ferro ultrapassou a celulose e só perde para a soja (4,451 milhões de toneladas) em volume exportado pela indústria estadual. De janeiro a junho deste ano, a matéria-prima do papel somou 2,195 milhões de toneladas destinadas ao comércio exterior.    

Em Corumbá, o complexo minerador está localizado na região dos morros Urucum e Santa Cruz, onde ficam as reservas de manganês e minério de ferro, respectivamente. A operação da atividade pertence à J&F Mineração.

Indústria de Corumbá no pódio da geração de emprego
No ranking por cidades, Corumbá aparece na terceira colocação entre as que mais geraram empregos em todos os setores da indústria no primeiro semestre de 2023. Conforme o Radar Industrial Fiems, foram 610 novas vagas, atrás apenas de Ribas do Rio Pardo (+3.052) - que mobiliza trabalhadores para a construção de mais uma planta de celulose -, e da capital Campo Grande (+1.836).    

Ao todo, a indústria estadual somou 151,3 mil trabalhadores formais até junho. “Esse é o maior contingente já registrado para um único mês em toda a série histórica do levantamento realizado pela Fiems. E, comparando com junho do ano passado, verifica-se um crescimento de 7,7%”, completa Ezequiel Rezende. O economista-chefe da Fiems diz, ainda, que, em junho, a injeção na economia estadual a partir do pagamento dos salários dos trabalhadores da indústria correspondeu a R$ 410 milhões.

Correio de Corumbá

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