UM FELIZ ANIVERSÁRIO

Fiz aniversário em fevereiro e queria falar sobre alguns presentes que ganhei. Meu mano Ivan trouxe uma cesta enorme com produtos de Corupá: até marrecos recheados para assar tinha. Um enorme presente, delícias várias, como a banana seca e linguiça feitas em Corupá. Baita presente. Imenso obrigado, Ivã. Produtos de Corupá são produtos da melhor qualidade.

E um outro presente que não posso deixar de citar: meus netos Rio e Ian, o primeiro com quase seis anos e o segundo com um ano e meio, vieram de Portugal com papai e mamãe para passar uma semana conosco, com vovô e vovó. Nas várias vezes que moramos em Lisboa, o Rio ia à casa do vovô e da vovó para visitar-nos e até ficar um ou dois duas conosco. Ele adorava ir à casa de vovô e vovó, talvez por isso fizéssemos questão de alugar um apartamento. Já moramos no Largo do Carmo, no Chiado, centro histórico de Lisboa, algumas vezes, em Alcântara, quase debaixo da ponte 25 de Abril, nas Amoreiras e em Campo Grande, perto do Gulbenkian e do Corte Inglês.

Mas agora Rio e Ian vieram, pela primeira vez, à casa verdadeira de vovô e vovó. Eles vieram ao Brasil e nossa casa encheu-se de novo com barulho de criança, encheu-se de alegria e de brinquedos pelo chão, a bagunça mais feliz que existe.

Nossa casa imensa e silenciosa, imensa e arrumadinha, transbordou vida por todos os poros, com ruído de crianças, com risos de crianças, com vozes de crianças, inclusive de Ian, com seu bebenês fluente – ele não começou a falar o português ainda. Nem o de Portugal, nem o do Brasil. O Rio já fala dos dois.

Brinquedos pela casa toda, bolinhas coloridas em todos os cantos, muitas revistas de quadrinhos do Maurício de Sousa e Disney, que vovó e vovô leem para o Rio, até via Whatsapp quando eles estão em Portugal e nós no Brasil, o Encardido de Ian estacionando em vários locais diferentes, inclusive no chão. Encardido, em tempo, é um bichinho de pano que é o cheirinho do neto mais novo.

A piscina tamanho econômico, montada entre a casa e o sobrado fez um sucesso imenso. Rio e Ian brincaram muito na água e foi ótimo porque não havia perigo para o nosso pequeno loiro, porque colocávamos uns vinte centímetros de água. Foi muito bom ver a alegria deles chapinhando na água. Aliás, eles sempre gostaram de água.

De manhã, a gente ouvia o Ian, acordando cedo com muito bom humor e o Rio, que dormia ao lado do nossos quarto vinha pedir, também cedo, se podia dormir um pouquinho com vovô e vovó. Fomos à praia, as crianças conheceram a praia de Itaguaçu e a história de Cascaes sobre as pedras de lá, foram a Santo Antônio de Lisboa, ao Ribeirão da Ilha e a tantos outros pontos de Floripa.

Pena que passou muito rápido, mas foi um super presente. Já estava completando um ano que não íamos para Lisboa para ficarmos com os netos, pois acidentei-me com um elevador e quebrei a perna direita e o pé esquerdo, sem poder viajar por um bom tempo, então o presente foi mais importante ainda. Deu pra matar a saudade dos netos, da filhota Daniela e do genro Pierre.

Hoje ainda encontramos alguma bola colorida, daquelas de piscina de bolinhas, em algum cantinho da casa, que voltou a ficar enorme de novo. Já encontramos a varinha mágica de um jogo de magia, que o Rio adotou como a varinha de Harry Potter – ele ganhar a roupa e os óculos do mago mirim. Na geladeira ficaram iogurtes, danoninhos e queijinhos, o que faz a gente sentir mais saudade ainda. Mas a memória que adquirimos dos netos em nossa casa, nós teremos pela vida inteira.

Foi um feliz aniversario.